“Eu conheço o freixo que se ergue
Chamado Yggdrasil,
Uma grande árvore, respingando
Com água branca;
De onde vem o orvalho
Que cai nos vales,
Que cresce eternamente verde sobre
a fonte de Urdr.”
– Völuspá
Uma grande árvore frondosa com uma
águia em seu topo, quatro cervos em torno de seu tronco e uma serpente enrolada
em suas raízes (o dragão dos mundos inferiores, Nídhöggr). Ainda existe um
esquilo (Ratatoskr, que transitava entre os Mundos levando notícias – muitas vezes
distorcidas – entre o Dragão inferior e a Águia superior) no tronco.
A Árvore possui três Raízes
principais, cada uma sobre três Fontes – Urðr, Mimir e Hvergelmir. A Fonte de
Urdr é associada com os Mundos superiores, sendo a morada das Nornir (a tríade
do Destino). Além de tecerem e entremearem os destinos dos humanos, as três
deusas também usam a água e a lama desta Fonte para regar e nutrir a Árvore,
reparando os danos causados pelo dragão. É um local onde mesmo divindades podem
obter presságios e orientação.
Na Raiz equivalente aos Mundos
intermediários fica a Fonte de Mimir (nome que significa “Memória”), onde jaz a
cabeça de um gigante – preservada viva através da magia dos Aesir – que guarda
o conhecimento ancestral e místico. Nessa fonte, Odin sacrificou um de seus
olhos em uma de suas buscas por conhecimento oculto.
Por fim, na Fonte Hvergelmir brota
a Raiz dos Mundos inferiores. Dela jorram os rios primordiais que passam pelo
Mundo dos mortos fluindo até o Mundo dos humanos.
Haviam diversas passagens e pontes
entre os Mundos, sendo as mais famosas Bifröst e Gjöll – respectivamente, a
ponte reluzente que liga Midgardr e Asgard - e a ponte escura que atravessa um
rio gelado de mesmo nome e conecta Midgardr com Helheim.
Alfheim
A morada
dos elfos claros, ou alfar. Está localizada bem cima de Midgardr no eixo
vertical. Os elfos claros são retratados como misteriosos, aparecendo tanto em
cultos agrários quanto familiares (em associação a ancestralidade), porém
também associados a magia; atribuiu-se a esse mundo a criatividade e trabalhos
mentais orientados pelos elfos. Também é um reino associado com a fertilidade e
a luz solar, uma vez que é habitado pelos deuses solares Freyr (deus Vanir da
colheita) e Sól (deusa condutora do sol). Sua runa correspondente é Sowilo, a
runa do Sol.
Principais
habitantes: Eladrin, elfos, gnomos, hamadríades, sátiros e
wilden.
Asgard
O lar dos deuses Aesir, no topo da Árvore, governado por Odin
e Frigga. Asgard é associado ao “Eu Superior” e possui vários palácios e salões
que servem de morada para os Aesir, sendo o mais famoso Valhala – onde as
Valkyrias levam as almas daqueles que morreram em batalha para se juntarem aos
seus exércitos e passar o resto de seus dias preparando para o Ragnarök. Pode
ser acessado de Midgardr pela travessia da ponte Bifröst, brilhante, porém
estreita, guardada pelo deus Heimdall. É atribuído à runa Gebo, associada com
presentes – um lembrete dos sacrifícios que são necessários para se obter as
dádivas de Asgard.
Principais habitantes: Deuses aesir, devas e shardmind.
Helheim
O mundo mais profundo, onde a própria Árvore está enraizada, é
o mundo dos mortos governado pela deusa Hella. É destinado às almas daqueles
que não foram escolhidos pelos deuses para residir em suas moradas (em Asgard
ou Vanaheim); por isso, embora aparente ser um mundo de inércia, também é um
mundo de renascimento onde as almas podem descansar – o deus Baldr será
recebido em Helheim após ser morto nas intrigas de Loki. Isso se reflete na
própria aparência da deusa, em parte uma bela jovem e em outra um cadáver em
decomposição. Sua runa regente é Hagalaz, associada ao granizo e indicadora
daquilo que está além do nosso controle. O plano também pode ser alcançado por
uma ponte larga e escura, protegida pela ajudante da deusa que o rege, Modgudr.
Principais
habitantes: Revenants, shadar-kai e shades.
Jotunheim
Também
chamado de Utgard (“Jardins Exteriores”), o “Reino dos Gigantes” localiza-se a
oeste de Midgardr e é retratado como um mundo primitivo e perigoso. Habitado principalmente
pelos Jötnar (gigantes), são seres com papéis ambíguos na mitologia – muitos
são associados com eventos climáticos destrutivos como as tempestades, enquanto
outros são sábios e detentores de segredos que os deuses tentam tomar (tanto
por força bruta, quanto através de estratagemas). Em muitos casos, como os de Utgard-Loki
e Thrym, os gigantes se colocam como inimigos dos deuses e da humanidade;
porém, as gigantas são descritas dotadas de muita beleza e habilidade marcial,
frequentemente se envolvendo em casos amorosos com deuses. Sua runa regente é
Isa, que representa o congelamento e estagnação.
Principais
habitantes: Gigantes, genasi da terra, golias e orcs.
Midgardr
O “Jardim
do Meio” localizado no centro do tronco da Yggdrasill e é ameaçado por gigantes
de Jotunheim. No mar em seu entorno, está a serpente Jörmungandr (ou
“Miðgarðsormr”, “Serpente de Midgardr”); tão grande que seria capaz de envolver
o mundo todo e morder o próprio rabo, quando emerge causa terremotos e
tempestades. É não só o mundo em que estamos e interagimos o tempo todo, como
também o nosso estado habitual de consciência. Sua runa correspondente é Jera,
que rege a passagem do tempo e representa os calendários; o deus Thor é tido
como seu protetor, mas também é associado com deusas da Terra como Jörd...
Principais
habitantes: Halflings e humanos.
Muspellheim
Ao sul de
Midgardr, é o Mundo do Fogo primordial oposto à Niflheim. O Fogo primordial
constitui o princípio ativo, expansivo, destrutivo e caótico. A interação dele
com o Gelo de Niflheim dentro do Ginnungagap (o abismo vazio, anterior ao
Universo) foi o que deu início a criação. É habitado por gigantes de fogo que
são regidos por Surtur, portador de uma espada flamejante. Sua runa
correspondente é Dagaz, a runa da conclusão plena e reinício. Desta dimensão
partem os gigantes que vão destruir os mundos no Ragnarök.
Principais
habitantes: Draconatos, duergar, genasi do fogo e tieflings.
Nidavellir
Os “Campos
Escuros” ficam logo abaixo de Midgardr e se tratam de um mundo subterrâneo onde
habitam os anões e elfos negros – seres ligados a terra, mestres da forja e
metalurgia, que fogem da luz solar. Estes seres foram os responsáveis pela
construção de diversas armas e objetos mágicos usados pelos deuses, entre eles
a lança de Odin, o martelo de Thor e o barco de Freyr. Sua runa correspondente
é Eihwaz, que representa o “tronco” ou “eixo”.
Principais
habitantes: Anões, drow, goblins, hobgoblins, kobolds e
svirfneblin.
Niflheim
Ao norte
de Midgardr em um eixo horizontal está Niflheim, o “Mundo Enevoado”. É o mundo
congelado do Gelo primordial, o princípio passivo, receptivo, conservador e
ordeiro. Repleto de névoas e ilusões, é onde tudo o que não foi gerado ainda
jaz congelado, precisando o elemento ativo (o Fogo de Muspellheim) para
derreter o gelo e liberar a criação. Possui correspondência com a runa Naudhiz,
associada com amarras e bloqueios. Teve participação juntamente ao reino de
fogo na criação de Midgard, oriundos do vazio primordial o Ginungagap. Será de
Nilfheim, no Ragnarok que sairá o navio dos mortos, Naglfari, conduzido pelo
deus Loki.
Principais
habitantes: Changeling, ferais, genasi da água e minotauros.
Vanaheim
O “Reino
dos Vanir”, à oeste de Midgardr, é um plano pacífico e abundante habitado pelo
panteão de divindades antigas ligadas à terra, à fertilidade e aos ciclos
naturais. Os principais Vanir são o deus do mar Njörd e seus filhos Freyja e
Freyr (embora este habite Alfheim). Em seu centro há uma região chamada
“Fólkvangr” (“Campos do Povo”), que serve de destino para parte das almas dos
mortos. Internamente, é associado com as emoções que fazem o papel de
fertilizar e fortificar nossas ideias e planos, garantindo seu crescimento. Sua
runa correspondente é Ingwaz, a sucessão natural.
Principais
habitantes: Deuses vanir, genasi do ar e vryloka (disir).

Esses é o mundo onde vamos jogar, cada um vai começar onde sua raça é mais comum?
ResponderExcluir